sábado, 2 de maio de 2020

BEM VINDO!

Antes de mais nada, você está entrando no blog de um louco. Um louco que pensa. Um sábio tolo. O guardião de lugar nenhum. Eu não me responsabilizo por possíveis danos à sua própria integridade mental, nem vou ficar triste se você passar a me achar ridículo após a leitura.

Bon voyage!

Em silêncio, grito por atenção.
Sorrio timidamente para esconder a angústia que há em mim.
Sonho com sentimento que talvez nem exista,
E por isso, visto a pesada capa negra da tristeza,
Enquanto fragilmente carrego a pálida luz da esperança.

Sou jardineiro cujas flores estão secas.
Sou cachoeira de salinas lágrimas,
Sou o triste uivo do lobo (que nunca chega à lua).
Sou comandante de batalhas sem inimigos e sem terras a conquistar.
Sou o defensor do impossível,
O guerreiro do potencialmente inexistente.
Sou o guardião de lugar nenhum.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mais um ano!

O fim do ano se aproxima, e com ele a vontade de olhar pra os últimos 12 meses e ver no que deu. 2012 foi um ano curioso: desde o início, piadinhas pra todo lado, afinal, o mundo deveria acabar hoje (e talvez por isso eu não tenha começado a escrever esse post no dia 31, VAI QUE ACABA!). Mas, brincadeiras à parte, eu meio que deixei a desejar esse ano, em alguns aspectos. Estudei menos do que deveria, me estressei mais que podia. Mas os resultados foram dentro do aceitável então não vou reclamar muito. Em tantos outros aspectos, foi um ano memorável!

Primeiramente, saí mais esse ano que no resto de toda a minha vida. Há quem não ache nada demais nisso, mas cara... Isso me proporcionou um crescimento que eu não previ. Essa mudança, por sua vez, trouxe uma consequência fantástica: me aproximei de pessoas que não falava tanto, e conheci tanta gente! Eu nem sabia que tinha tanta gente interessante no mundo, auhauhauhauha. Outra coisa boa foi eu ter tentado entrar em várias coisas além da graduação (apesar de não ter entrado em todas). Aprendi pra caralho! Também aprendi a ser mais grato pelas coisas boas que acontecem, li mais que nunca, conheci muita música boa, comi muito subway, tomei muita coca, essas coisas q fazem de nós pessoas melhores, auhauhauha. E é isso aí, rumo a 2013. Não vou desejar que ele seja um ano melhor que os anteriores: ao invés disso, vou desejar que saiamos da plateia e nos tornemos atores e atrizes de nossas próprias vidas, que façamos nosso próprio destino. Que NÓS FAÇAMOS de 2013 um ano melhor.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Uma vez, eu me perguntei o porquê de minha vontade de escrever existir, e eu confesso que fiquei um pouco angustiado por não saber explicar (e de fato, não sei). Só  sei que é como se eu estivesse prestes a explodir, que é como se houvesse emoção em massa querendo vazar por cada poro, tentando entrar em meus pulmões, querendo me afogar. Só sei que são nesses momentos em que lápis e papel, dedos e teclado, são minhas únicas fontes de oxigênio.
Uma vez, eu me perguntei o porquê de minha vontade de escrever existir. E eu admito: se eu soubesse explicar, haveria algo de errado.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cantar ou não cantar, eis a questão

Teria sido um dia normal, se ele não tivesse cantarolado. Ele tinha essa mania, de cantar quando se sentia só... às vezes alto, às vezes bem baixinho. O fato é que dessa vez, algo o surpreendeu: ele, que achava que sempre cantaria solitário, que achava que talvez fosse o único conhecedor da canção, se viu acompanhado por uma outra voz, atraente como o canto de uma sereia, contagiante como um brado de guerra, bela como a melodia do mais delicado violino.
A princípio, ele apenas a admirou. As coisas sempre aconteciam para ele no seu tempo, e ele aproveitava o dele como se fosse durar para sempre. "Coisas belas devem ser admiradas, afinal!", ele dizia. Não demorou até a curiosidade fazer com que o indivíduo saísse em busca da origem de seu fascínio, e que se fascinasse ainda mais, não se sabe bem porque. Ou se sabe, e simplesmente não se fala. Há assuntos que não podem estar entre lábios, nem na ponta de uma caneta.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Poema de microondas


Tem gente que diz que viver é difícil.
Difícil é lamber o próprio cotovelo,
tocar um violão de uma corda só,
difícil é subir uma escada de joelhos.

Difícil é sorrir enquanto se pensa,
Doar seu dinheiro pra um irmão.
Difícil é erquer a voz contra uma multidão.

Difícil é ser tão bom quanto se pensa,
Ou pensar ser tão bom quanto se é.
Difícil é deixar um amor ir embora.
Difícil é rimar num poema assim, de última hora.