Querido diário (3)

Petrolina, 25 de Janeiro de 2011


Olá, seja lá para quem eu esteja falando. Sensação inexplicável essa, de ter claramente dado um passo na direção que eu desejava ter dado. Inexplicável e nunca antes vivenciada... O que, para um cara pessimista como eu, chega a trazer um pouco de medo, "This is too good to be true". Claro, a solidão continua, mas inesperadamente ela está sendo ofuscada pela ansiedade e pela felicidade. Antes ansioso que excessivamente melancólico. Enfim, estou me preparando para uma mudança de vida. E que venham os intempéries do acaso, eu vou curtindo meu momento de felicidade.


É incrível também como certos sentimentos são resistentes. Admito, eu não acreditava nisso, mas estou começando a achar que não existe um "grande amor" que é o "certo", o que você deve seguir. Existem amores estúpidos, e amores geniais. Amores que devem ser alimentados, amores que devem morrer famintos. E dificilmente algum deles morre, mesmo... Eu não sei definir tal sentimento, não importa o quanto tente, mas eu sei sentí-lo... E talvez o faça até com mais facilidade que deveria. É, eu "amo fácil". E mais uma vez engolindo palavras outrora proferidas, eu não me arrependo de nada que fiz por tal sentimento.


E é assim, sem medo de voltar atrás em certas coisas que pensei e falei, pensando um pouco menos em como será um futuro que por natureza é imprevisível, que eu sigo rumo a uma nova fase. Prevejo um post de despedida de minha cidade natal na próxima semana, auhauhau.